sábado, 4 de fevereiro de 2012

Os anti-heróis americanos


The Goon tem sido uma das minhas HQs favoritas desde que a descobri, lá pelos idos de 2005. Apesar disso, sempre achei que estaria fadada ao status cult, tal como Bone, Concreto, Blacksad e tantos outros. Tive uma grande surpresa em 2008, com a notícia de que o Casca-Grossa ganharia um longa em CGI, produzido pelo estúdio Blur e por ninguém menos que David Fincher. Um teaser-trailer foi lançado logo na sequência, com Clancy "Lex Luthor" Brown dublando Goon e Paul Giamatti dublando Franky. Perfeito. Por um instante improvável, a coisa parecia que ia decolar.

Contudo, as notícias sobre a produção mergulharam num hiato sepulcral. Mesmo descontando a modorrenta fase de captação de recursos (objetivo do lançamento do teaser na SDCC 2010), o filme já estava cheirando a naftalina. Mas é interessante como às vezes precisa vir alguém pra chacoalhar o barco, ainda que inadvertidamente. Em entrevista ao IFC, Giamatti comentou que ele não recebeu mais notícias sobre o filme e que o orçamento provavelmente ainda não havia sido bancado.

Isso acabou gerando uma cueca justa entre os envolvidos e foi o suficiente para o próprio cridor do personagem, Eric Powell, se manifestar em seu blog explicando em detalhes o status (ativo) do filme. O texto inclui até uma mea culpa de Giamatti sobre sua declaração - que, afinal, não estava tão longe da verdade assim.

Na última impressão de David Fincher, também postada por Powell, ele falou sobre a incapacidade da Hollywood corporativa em lidar com um universo tão rico e incomum quanto o do Goon. Mas no final, arremata o tom de incerteza com um olhar esperançoso e decidido ("this atom can be split"... quando crescer quero escrever assim). Por enquanto, a opção para adaptação continua com ele e o Blur Studios.

As prévias do que seria um longa animado do Goon não deixam dúvidas. O filme seria quase tão insano, divertido e badass quanto os gibis.




Se nada acontecer no final de tudo, será uma pena. Mas nada que uma boa recapitulada nos quadrinhos não cure.

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